quinta-feira, 31 de março de 2011

Saudade eu tenho do que não nos coube

"Lamento apenas o desconhecimento daquilo que não deu tempo de repartir, você não saboreou meu suor, eu não lhe provei as lágrimas. É no líquido que somos desvendados. No gosto das coisas o amor se reconhece. O meu pior e o seu melhor, ficaram sem ser apresentados." 
 Martha Medeiros  


Arrependimento só sentimos do que não arriscamos viver e acaba ficando para sempre na expectativa, né?! Como disse meu amigo Charles, "arrependimento" pode até ser a palavra de ordem, mas do que foi feito e não do que ficou por fazer... 
Taí, fui até quando pude e tem me batido apenas uma leve tristeza justamente por não ter mais como continuar a fazer, por medo do risco e por urgência da vida. Cheguei ao fim da linha. Game over. Mas não me arrependo de nadica!

quarta-feira, 30 de março de 2011

Morre José Alencar

“Não tenho medo da morte, porque não sei o que é a morte. A gente não sabe se a morte é melhor ou pior. Eu não quero viver nenhum dia que não possa ser objeto de orgulho. Peço a Deus que não me dê nenhum tempo de vida a mais, a não ser que eu possa me orgulhar dele.
Se Deus quiser que eu morra, ele não precisa de câncer para isso. Se ele não quiser que eu vá agora, não há câncer que me leve”



José Alencar, (1931 - 2011)



segunda-feira, 28 de março de 2011

"NÃO IMPORTA O QUANTO VAI DURAR. É INFINITO AGORA..."



CAIO FERNANDO ABREU.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Re-amar

"Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.
Remar.
Re-amar. Amar
."

[Caio Fernando Abreu]

Lá vem...


"Não, meu bem, não adianta bancar o distante: lá vem o amor nos dilacerar de novo..."
Caio Fernando Abreu




quarta-feira, 16 de março de 2011

Sobre o mundo




"Toma um café, que o mundo acabou faz tempo."
Caio Fernando Abreu






Crise no Egito, catástrofes naturais no Japão, conflitos na Líbia... Realmente, o mundo precisa de mais amor.
E eu estou precisando de um café. E de preferência em boa companhia.

domingo, 13 de março de 2011

Tenho agradecido por estar vivo e ter andado por todos os lugares onde andei e ter vivido tudo o que vivi e ser exatamente como eu sou.
Caio Fernando Abreu






É, to vivendo exatamente isso...

sexta-feira, 11 de março de 2011

Não Minto Pra Mim:

Pelo o que me diz respeito
Eu sou feita de dúvidas
O que é torto o que é direito
Diante da vida
O que é tido como certo, duvido
Sou fraca, safada, sofrida
E não minto pra mim

Vou montada no meu medo
E mesmo que eu caia
Sou cobaia de mim mesmo
No amor e na raiva

Vira e mexe me complico
Reciclo, tô farta, tô forte, tô viva
E só morro no fim
Lá no alto do telhado pula quem quiser
Só o gato que é gaiato
Cai de pé

E pra quem anda nos trilhos cuidado com o trem
Eu por mim já descarrilho
E não atendo a ninguém
Só me rendo pelo brilho de quem vai fundo
E mergulha com tudo
Pra dentro de si

E se a gente coincidisse
Num sonho qualquer
Eu contigo, tu comigo
Os dois, homem e mulher
Sendo a soma e tendo a chance de ser
Um par de pessoas, na boa
Vivendo felizes.

(Zizi Possi)